A vitamina D participa de dezenas de funções ligadas à saúde óssea e estrutural, imunológica, cardíaca e mental. Em um mundo moderno, onde o contato com a luz solar é, muitas vezes, menor que o recomendado para sua produção natural, a suplementação de vitamina D3 torna-se uma alternativa prática e eficiente para a manutenção de um estado de saúde e bem-estar adequado. Confira opções concentradas e sinergias com vitamina D nesta seção especial!
A vitamina D é essencial para manter o funcionamento de sistemas vitais do organismo, favorecendo a função óssea, regulação do humor, prevenção da hipertensão, atividade imunológica e equilíbrio hormonal.
Ela é uma vitamina produzida pelo corpo quando há exposição ao sol, portanto, é muito importante se expor à luz solar diariamente por, pelo menos, 20 ou 30 minutos.
Entretanto, sabe-se que a rotina da maioria das pessoas atualmente torna mais raro momentos de exposição ao sol sem o uso de protetor solar, já que se passa mais tempo dentro de lugares fechados, seja trabalhando ou estudando.
Embora esse nutriente também possa ser obtido por meio da alimentação, por meio de fontes, como, gema do ovo, peixes gordurosos (salmão, sardinha e atum), manteiga e cogumelos, apenas a dieta, muitas vezes, não é suficiente para manter os níveis de vitamina D ideais.
Como mencionado, a vitamina D desempenha papéis importantes em diversos processos, apoiando a saúde em sistemas do organismo, como a estrutura óssea, tecidos musculares, sistema imunológico, sistema cardiovascular, prevenção do câncer de cólon, próstata e mama.
É importante ressaltar que a vitamina D também age como um pró-hormônio no corpo, o que permite que ela seja capaz de auxiliar em problemas da saúde mental, como distúrbios do humor e desequilíbrios hormonais, incluindo transtornos como depressão, ansiedade e a alteração de humor.
Por ser crucial para a homeostase do cálcio e do fósforo, contribuindo para a absorção destes minerais no intestino delgado, a vitamina D está associada à saúde da estrutura óssea, pois promove a mineralização dos ossos e dentes, conhecida como densidade mineral óssea. Isso explica um dos motivos dessa vitamina ser essencial para crianças em fase de crescimento, pois estão no período de formação da estrutura óssea.
Em alguns casos, pode ser necessário associar a suplementação de vitamina D à vitamina K, pois enquanto a vitamina D aumenta a absorção do cálcio, a vitamina K ajuda a depositar o cálcio nos locais adequados do corpo, como dentes e ossos, evitando a calcificação das artérias.
Cabe ressaltar que a atuação da vitamina D no equilíbrio da função óssea também é essencial para a saúde da mulher em todas as fases da vida, mas, em especial, na menopausa, pois é quando ocorre uma diminuição dos níveis de estrogênio, responsável por regular a quantidade de cálcio presente nos ossos, o que aumenta as chances de perda de densidade óssea e osteoporose. Portanto, a suplementação com vitamina D pode prevenir fraturas ósseas em mulheres na menopausa.
Além disso, a vitamina D também pode ser usada em estratégias de tratamento para melhorar a fertilidade em casos de SOP (Síndrome do Ovário Policístico) e endometriose, uma vez que aumenta os níveis de progesterona.
A vitamina D tem sido associada ao fortalecimento do sistema imunológico, visto que as células imunes - incluindo macrófagos e células T -, responsáveis pela defesa de infecções e microrganismos invasores, possuem receptores da vitamina D.
Além disso, esse nutriente pode exercer ação anti-inflamatória, sendo que sua deficiência está associada a um aumento de doenças decorrentes da inflamação crônica, tais como artrite reumatoide, lúpus e esclerose múltipla. Seu poder de redução da inflamação ocorre devido à sua capacidade de regular leucócitos e modular citocinas anti-inflamatórias que reduzem os danos da inflamação nos tecidos.
Assim, a suplementação deste nutriente pode ser indicada para reduzir a dor em pacientes com artrite reumatoide, como indicado por alguns estudos. Além disso, há estudos que sugerem o uso de vitamina D no tratamento da doença de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e da esclerose múltipla.
Estudos indicam que um baixo nível de vitamina D no organismo está relacionado a uma chance mais elevada de infecções, como a gripe. Um estudo, inclusive, mostra que o aumento do nível de vitamina D no corpo diminuiu em 7% o risco de infecção.
A vitamina D também pode ser importante para outros sistemas do corpo, como o sistema cardiovascular. Isso acontece porque esse nutriente é responsável por atuar nas células endoteliais e nas células musculares lisas, regulando a pressão do sangue, sendo, portanto, importante para prevenir a hipertensão. Além disso, ela também pode auxiliar a regular o óxido nítrico e prevenir o estresse oxidativo e a inflamação crônica, considerados fatores de risco para o desenvolvimento de doenças do sistema cardiovascular.
Além disso, sua atividade anti-inflamatória pode reduzir os níveis de colesterol ruim, e junto ao cálcio, também contribui para a regulação da insulina e, por consequência, controla os níveis de açúcar no sangue, ajudando a combater a obesidade, outro fator de risco para doenças que afetam a função cardíaca.
Isso explica porque a deficiência de vitamina D é associada ao maior risco de desenvolver doenças cardíacas.
Por agir como um pró-hormônio, a vitamina D pode apoiar a saúde mental e a melhora do humor. Isso porque níveis adequados de vitamina D podem regular alguns neurotransmissores associados à regulação do humor, como a serotonina. Além disso, esse nutriente também reduz a inflamação crônica, outra condição que pode estar ligada a quadros de depressão e ansiedade.
Os estudos que investigam o impacto benéfico da vitamina D na saúde mental indicam que a suplementação com esse micronutriente pode diminuir os sintomas de depressão em adultos. Enquanto isso, um estudo publicado em 2017 constatou que a vitamina D diminuiu os sintomas de depressão e ansiedade em mulheres com diabetes tipo 2.
Em decorrência dos benefícios mencionados e das funções que a vitamina D desempenha no organismo, o consumo adequado desse nutriente pode melhorar o funcionamento do sistema imunológico, equilibrar os níveis hormonais, apoiar a tireoide, glândulas adrenais, melhorar o humor e contribuir para a densidade óssea.
Já a deficiência dessa vitamina pode trazer sérias complicações para a saúde, manifestando-se por meio dos seguintes sintomas:
Infelizmente, a deficiência ou insuficiência de vitamina D é comum. Isso acontece devido a diversos fatores, como pouco tempo de exposição solar diária - pelo menos 20 minutos sem protetor solar -, uso excessivo de plásticos que contêm Bisfenol A (BPA) - que pode reduzir a absorção de vitamina D -, bem como um fígado intoxicado, já que é o órgão responsável pela absorção de vitamina D, e uso de protetor solar, uma vez que um protetor de FPS 30 pode reduzir a absorção dessa vitamina em 99%.
Vale mencionar que, embora existam alimentos que oferecem essa vitamina, algumas pessoas não conseguem obter vitamina D em níveis suficientes por meio de sua dieta, já que 80% deste pró-hormônio é sintetizado pelo organismo a partir da exposição a raios solares, sendo apenas de 10% a 20% adquirido por meio da alimentação. Alguns exemplos de fontes alimentares desse nutriente são: salmão, sardinha, cavala, cogumelos, fígado, rim de boi, músculo bovino e gema de ovo.
Além de uma rotina de permanência em lugares fechados, algumas pessoas possuem mais dificuldade em absorver ou produzir a vitamina D devido a outros fatores, que incluem o avanço da idade (idosos), indivíduos com pele escura ou que vivem em áreas com pouco sol, poluição da atmosfera, hábitos de tabagismo, síndromes de problemas de absorção nutricional, doenças dos rins e do fígado, bem com o uso de remédios anticonvulsionantes.
Por isso, é indicado tomar banho de sol todos os dias, sem o uso de protetor solar, por, pelo menos, 20 minutos, com bom senso para evitar exageros e queimaduras.
Ao selecionar um suplemento de vitamina D, você poderá encontrar duas formas disponíveis: ergocalciferol (vitamina D2) e colecalciferol (vitamina D3). É importante entender que a vitamina D3 pode ser absorvida com mais facilidade e rapidez pelo organismo, sendo a forma mais indicada para suplementação, já que sua fórmula está mais perto da vitamina D produzida pelo corpo quando há o contato com a luz solar.
Alguns suplementos ainda podem combinar a vitamina D3 com cálcio ou com cápsulas que auxiliam na sua absorção. Outras formulações também podem combinar a vitamina D3 com K2, otimizando sua ação no sistema ósseo. Vale lembrar que, por ser uma vitamina lipossolúvel, é indicado consumi-la na forma de suplemento junto de uma gordura boa, como óleo de coco ou óleo de peixe.
A dose geralmente recomendada é de, aproximadamente, 2.000 UIs (unidades internacionais) a 5.000 UIs para adultos. Porém, sabe-se que essa dosagem pode variar conforme a necessidade diária de cada indivíduo, considerando fatores como idade, pigmentação da pele e fatores geográficos, como estação do ano e hora do dia. Assim, é necessário consultar um médico para saber a dose adequada para você.
Ao saber a dose adequada, será necessário procurar um suplemento preferencialmente sem a presença de aditivos artificiais em sua formulação, garantindo sua pureza e eficácia.
Na maioria das vezes, quando se respeita a dose adequada de suplementação com vitamina D, não há riscos à saúde. Porém, em casos de superdosagem, é possível ocorrer efeitos colaterais, como sono excessivo, vômitos, dores estomacais e confusão mental.
Assim, é necessário consultar um médico para saber a dose adequada indicada conforme sua individualidade, considerando, inclusive, doenças subjacentes, como doenças renais, hiperparatireoidismo ou níveis elevados de cálcio. Além disso, o profissional da saúde precisa saber se há o consumo de medicamentos, que envolvem diuréticos, antiácidos ou remédios relacionados a doenças cardiovasculares, como verapamil.